A Saúde Coletiva apareceu no Brasil, então, como uma ruptura, a partir da crítica aos movimentos da medicina preventiva, comunitária e ao sanitarismo institucional (Paim, 1992). Dois conceitos importantes como fundamento teórico para a reforma sanitária, desenvolvidos pela produção acadêmica em Saúde Coletiva, foram: determinação social das doenças e processo de trabalho em saúde. Segundo Paim (2008), o "entendimento de que a saúde e a doença não podem ser explicadas exclusivamente pelas dimensões biológica e ecológica permitia alargar os horizontes de análise e de intervenção sobre a realidade". Ganhou força a compreensão dos fenômenos da saúde e da doença como determinados social e historicamente, sendo o materialismo histórico um importante fundamento epistemológico. A Medicina Social latinoamericana, já alinhada nesse sentido, passou a ser, no período, uma corrente de pensamento crítico em relação à Saúde Pública dominante. Essa corrente orientou muitas das proposições do movimento da reforma sanitária relativas às políticas de saúde.
OSMO, AL.; SCRAIBER L. B. O campo da Saúde Coletiva no Brasil: definições e debates em sua constituição. Saúde e Sociedade, v. 24, n. 1, p. 205-208, 2015.
Diante disso a literatura traz o seguinte texto: Tal modelo ficou marcado entre o período entre 1960 a 1980, caracterizado pela prática médica curativa, individual, assistencialista e especializada em detrimento da saúde pública e a criação com intervenção estatal de um complexo médico privado, organizando o estado como financiador, o setor privado nacional como prestador de serviços e o setor privado internacional como produtor de insumos. Considerando as informações apresentadas acima, é correto afirmar que o texto se refere ao: