ATIVIDADE 1 - TEOL - ESPIRITUALIDADE CRISTÃ - 51/2023
"Não faz sentido encararmos a questão ética como meros observadores, como se ela não estivesse fundada no fato de que, ao encararmos a nossa vida, não podemos limitar-nos ao papel de observadores da nossa atuação, mas necessariamente precisamos entender-nos a nós próprios como os viventes, como os atuantes."
BARTH, Karl. Dádiva e louvor. São Leopoldo: Sinodal, 1986, pp. 85-86
"Raramente uma geração esteve tão desinteressada em matéria de ética teórica e programática como a nossa. (...) Mais desolador ainda é o fracasso de todo fanatismo ético. O fanático acredita poder enfrentar o poder do mal com a pureza de sua vontade e de seu princípio. Mas, como é da essência do fanatismo perder de vista o todo do mal e arremeter, qual touro, contra o pano vermelho em vez de atacar o seu portador, com o tempo cansará e sucumbirá. O fanático erra seu alvo. Ainda que seu fanatismo esteja a serviço dos altos valores da verdade ou da justiça, mais cedo ou mais tarde, há de se emaranhar em coisas secundárias e questiúnculas, caindo na rede do adversário mais inteligente."
BONHOEFFER, Dietrich. Ética. São Leopoldo: Sinodal, 2005, pp. 41-42
"Jesus nos propõe um novo paradigma. Não elimina de todo a lógica do poder. Isso porque não elimina um Deus moral, um 'Pai que está nos céus' e não pode ser manipulado (por nossos poderes) e, também, não descarta as consequências de nossos atos. Ao contrário, com as muitas menções a choro e ranger de dentes, à aprovação dos servos fiéis, à ceifa do que se plantou, fala-se do salário do pecado, pago inteiramente na cruz. Sim, o cristianismo não subestima as questões éticas e suas consequências. No entanto, o eixo muda radicalmente. Nele é apontado um caminho 'sobremodo excelente', um caminho do coração, um caminho da alma [1 Coríntios 13]. Talvez a única forma de exercer solitariamente esse poder e obter, como compensação, a intimidade (o contrário de solidão) seja a decisão de amar."
BOMILCAR, Nelson (Org.) O melhor da espiritualidade brasileira. São Paulo: Mundo Cristão, 2005, p. 105-106
Muitas pessoas confundem moral com ética. A moral tem a ver com os costumes que uma sociedade interpreta como corretos para o bem comum, enquanto a ética, envolve o jeito de ser de cada pessoa, de acordo com a moral na qual foi ensinada. A moral cristã está baseada em um Deus bom e justo. Jesus deixou isso muito claro, quando enfatizou que “o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19.10). Para a teologia bíblica, o ser humano é moralmente e eticamente caído, em outras palavras, ele é influenciado pelo pecado, ou seja, ele está perdido, sem referências boas. Isso significa que o ser humano não é capaz de atitudes boas, a não ser que seja salvo por Jesus. O novo nascimento, que é realizado pelo Espírito Santo na vida das pessoas (ver João 3.3) promove essa mudança ética na vida dos salvos, permitindo que eles vivam na dimensão do Reino de Deus.
A partir dos conceitos apresentados nos parágrafos anteriores:
- a) Nós somos atuantes da nossa ética;
- b) Corremos o risco de viver um fanatismo ético;
- c) A ética cristã é baseada no amor de Cristo;
- d) A ética cristã só pode ser vivida a partir da experiência do novo nascimento;
Agora é com você! Escreva um texto dissertativo apontando como o novo nascimento pode transformar a ética das pessoas. A estrutura da resposta deve conter 3 parágrafos:
1) Conceitue como é a ética de pessoas que estão distantes de Deus?
2) Disserte como é o processo do novo nascimento na vida das pessoas e como ele aproxima as pessoas de Deus?
3) Elabore um exto de como as pessoas são transformadas pela ação sobrenatural do Espírito Santo de Deus e como essa transformação se manifesta em sua nova ética?