Segundo o Manual de Orientações de Quesitos da Perícia Criminal (2012), a análise grafotécnica e documentoscópica tem como propósito verificar as características intrínsecas, como composição/constituição e espessura, e sua relação com outros suportes documentais em exame, onde o suporte documental é todo e qualquer objeto ou superfície em que se possa registrar uma mensagem, ideia ou palavra. Essa análise tem que ser bem registrada e pautada na avaliação básica do documento, do suporte, do objeto utilizado para escrita, visando a constatação de uma autenticidade ou falsificação e/ou de uma possível autoria. “O laudo é o cartão de visita do perito e é por meio dele que se forma o seu conceito de bom ou mau profissional. O laudo, pelo seu zelo, pela sua cultura técnica, pela sua lealdade, conquista a confiança da justiça.” E é assim que o perito e autor Lamartine Mendes descreve o laudo em seu livro Documentoscopia (2010), em que o mesmo frisa que nada pode ser omitido por se tratar de uma ata técnica, onde o examinador vai relatar o que lhe foi exposto e constatado. O laudo precisa de uma linguagem formal e técnica, devendo priorizar sempre a clareza, a concisão e a precisão, sendo essas as três virtudes de um laudo. (Brasil. Departamento de Polícia Federal (DPF). Manual de orientação de quesitos da perícia criminal / Departamento de Polícia Federal, Instituto Nacional de Criminalística. – 1. ed. – Brasília: Diretoria Técnico Científica, 2012. p. 108.) (MENDES, L. B. Documentoscopia. 3ª ed. Campinas/SP: Millennium, 2010. p. 229)

Postado em: 
abril 17, 2024
Categorias: 
Investigação Forense e Perícia Criminal
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