Etapa 2 - Conceituando "Uma das características mais evidentes da filosofia é a de questionar, mas com qual intuito? Conhecer algo que se apresenta tão abstrato demanda certo esforço, que os alunos resistem em empregar, mas que é crucial para a compreensão do direito e do seu objeto de estudo. A filosofia permite o questionamento, abrindo espaço para outros horizontes, introduzindo novas possibilidades, rediscutindo premissas e princípios, fundando um sentido explicativo para as coisas, reavaliando o que parece sólido e consensual, abrindo abordagens diferenciadas para questões antigas… Enfim, no lugar de decidir, sua proposta é a de investigar, no lugar de agir, sua proposta é a de especular, no lugar de aceitar, sua proposta é a de questionar. [. ]" Somente abraçando a dúvida se pode conviver com uma natureza tão contraditória e complexa como a nossa. É comum ouvir que as perguntas são mais importantes que as respostas e, certamente, alguns questionamentos nos acompanham por toda nossa trajetória, enquanto sociedade. Cabe à filosofia formular as perguntas, contextualizar e conhecer os problemas e, em uma sociedade tão complexa, tão diferente, não conseguiremos nos organizar sem desempenhar essa tarefa. O direito depende dessa problematização, pois é crucial para concretizar seu escopo saber o que é justo ou injusto, certo ou errado, bom ou ruim, ou ao menos conceber as perguntas para chegar a eles. Considerando o exposto até aqui, pergunto: o que a criação do ChatGPT tem a ver com a filosofia? Como a filosofia, que normalmente é atribuída a uma forma rudimentar de pensamento, pode ter serventia para assuntos ultramodernos como o ChatGPT? Indico que a filosofia se dedica a nos permitir uma vida melhor, o que implica em conviver melhor com os problemas de nossa realidade e, certamente, isso vai ao encontro da tecnologia e da disrupção por ela causada.

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